A minha colega de casa... vamos chamar-lhe Sónia porque na realidade é o nome dela e pode ser que um dia tropece neste blog e ganhe vergonha na cara tem alergia ao detergente da loiça. Também tem alergia a usar a sua própria louça quando cozinha.
Uma coisa mais a outra dá origem aquilo a que eu só posso chamar de "a panela do terror". Para ser mais específica a MINHA panela do terror.
Ali fica ela, ao lado do fogão... um, dois, três dias... com comida lá dentro. Comida que não é minha. Comida que eu não posso propriamente deitar para o lixo porque sei lá eu se não é aquilo que ela está a pensar comer ao jantar.
Quatro, cinco, seis dias... já cheira mal e continua ali, ao pé do fogão. Pergunto-lhe várias vezes quando é que ela lava a porcaria da panela porque afinal de contas é MINHA e preciso dela.
Sete, oito, nove dias... a comida já não o é, é o mar de bolor e não fosse eu ter medo que já se tenha gerado vida naquele caldo primordial até era capaz de tirar uma foto para documentar o fenómeno.
Chega a um ponto que desisto e lavo a porcaria da panela.
Estou farta.
No inicio desistia mais cedo e acabava por lavar sempre a loiça. Depois fiz greve durante uma semana e quase não consegui entrar na cozinha passado 5 dias. Depois arranjei-lhe um alguidar para ela meter a louça dela para pelo menos eu conseguir lavar a minha sem ter o lava-loiça completamente atulhado... e ela passou a usar a MINHA louça.
Isto está-me a dar uma travadinha nos nervos e só me apetece meter-lhe as coisas à porta.
Felizmente vem aí o Natal e ela vai passar não sei quantos dias a casa dos pais lá para o norte e vou ter paz cá em casa.
1 comentário:
Credo, tive uma colega de casa que era assim... só quero dizer que nem todas as gajas do norte são assim :)
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