23 de dezembro de 2009

O Natal é uma época de alegria

... uma época de amor, uma época de compaixão, uma época de extenuante exercício físico.
Se não acham é porque não têm de pegar no malote que pesa 23,870 kg, na mala e no saquinho pindérico dos perfumes (porque " ai tu vê lá não os partas") e andar meio quilómetro até ao autocarro.
Depois andar mais uns 300 metros do autocarro até à gare.
Depois correr com aquela porcaria toda atrás porque o autocarro se atrasou e a carreira está quase a ir-se embora.
Depois aguentar quase 4 horas de tremeliques, pára-arranca e com alguma sorte a história da vida da senhora que se sentar ao meu lado com informações detalhadas em relação a exames médicos.
Depois acartar com tudo outra vez até casa da mãe-gu, por afinal "é menos de um quilómetro, filha, não vale a pena o teu pai estar a sair do emprego para te ir buscar".
Oh não, claro que não, senhor José... deixe lá a sua filha fazer a porcaria da subida a pique carregada que nem uma mula com o malote maioritariamente carregado com as prendas para as suas 8 irmãs que aqui a pequena aguenta.
Se não voltar... é porque colapsei algures entre a padaria do senhor Albino e o cabeleireiro da Anabela.

1 comentário:

Taralhoca disse...

Tanto azedume no Natal não faz bem. Depois, se as filhós caírem mal, não te espantes...
(e porque te queixas do exercício? estás a preparar o corpo por antecipado para a orgia gastronómica que está para vir!)