8 de dezembro de 2009

Consultório da Isabelinha - Agrião

Ora... vamos cá ver:

"O agrião é um vegetal comum nos locais mais húmidos como em riachos, nascentes, estão localizados mais na região da Europa.

É descrito pelas características das folhas verde-escuras, polposas, com foliólos em forma circular e o caule derrubado, circular e carnudo que desaparece junto à água, de onde saem as raízes extrínsecas. Entre o mês de Maio e Setembro floresce, originando umas pequenas flores brancas dispostas num ramo denso, com quatro pétalas em cruz, quatro sépalas análogas, dois estames longos e dois pequenos. Possui quatro filas de sementes dispostas na siliqua curta. O sabor do agrião é caracteristicamente picante assim como o seu odor, o qual é responsável pelo seu nome científico: Nasturtium, que deriva da expressão latina de “nariz torcido”.

Devido aos seus elementos nutricionais como o cálcio, o fósforo, o heterósido sulfurado, o ferro, o iodo e as vitaminas A, B2, C E e PP, o agrião tem propriedades estimulantes, depurativas, febrífugas, antiescorbúticas e diuréticas, e é por este motivo que é denominada por “saúde do corpo” nas zonas agrícolas de França. Neste sentido pode aproveitar-se das folhas e o caule, entre os meses de Maio e Setembro, cozidos ou crus, e como acompanhante, um vez que são próprios para o consumo. Para usufruir das suas qualidades, o agrião precisa de ser consumido fresco e verde." - daqui

"O conhecimento popular sempre teve em linha de conta os benefícios dos vegetais e mais propriamente do agrião para a saúde.


Em 1631, o herborista John Gerard designava o agrião como excelente remédio para o escorbuto. Nesse tempo o agrião era muito mais comum do que as laranjas e era, na realidade, tão popular como o chá feito com limão e açúcar e bebia-se como tónico para aliviar as dores. Diz-se que comer um molho de agrião é o melhor remédio para a ressaca.

Os romanos acreditavam que a planta fornecia alimento para o cérebro. O general grego Xenophon dava agrião aos seus soldados, como tónico. Dizia-se que os monges irlandeses sobreviviam longos períodos comendo apenas pão e agrião e diziam que este era “alimento puro para os eruditos”.

Estas ideias foram confirmadas por estudos científicos desenvolvidos na América em meados dos anos 90. Um estudo recente realizado em 2000 por cientistas do Institute of Food Research em Norwich e do Instituto John Innes, em Inglaterra procurou perceber a maneira como um composto natural do agrião – o isotiocianato de feniletilo – inibe o desenvolvimento do cancro.

Este estudo inovador concluiu que o agrião é “uma fonte alimentar extremamente rica” em isotiocianato de feniletilo e impede carcinogéneos potencialmente perigosas de se tornarem carcinogénicos.
Eliminam os radicais livres perigosos que podem danificar o ADN e provocar a transformação das células cancerígenas. Assim, enquanto os povos antigos viam o agrião e outros vegetais como alimento e como medicamentos, hoje temos ao nosso alcance a tecnologia que nos permite saber o porquê.

A Vitacress Salads Ltd. um dos patrocinadores deste estudo desenvolvido pela John Innes Institute e líder Europeu na produção e embalamento de produtos hortícolas IV Gama (agrião, espinafre, as ruculas, saladas de folhas tenras e especialidades vegetais prontas a consumir), viu confirmada a qualidade dos seus produtos, neste caso do agrião.
Este vegetal produzido pela Vitacress contém os mais elevados níveis de compostos anti-cancerígenos de entre todas as variedades testadas, incluindo variedades selvagens e produtos provenientes de concorrentes comerciais.

O agrião é uma fonte rica em vitaminas A, C e grupo B (B1, B2, B6 e B12), ferro, ácido fólico (essencial para uma gravidez saudável) e também contém enxofre, potássio, cálcio, fósforo, iodo, beta caroteno (que produz vitamina A) e fibras.

Uma embalagem de agrião de 85 grs contém três quartos da quantidade diária recomendada de vitamina A e quase dois terços da quantidade diária recomendada de Vitamina C. O agrião é uma das três plantas com maior valor nutricional conhecido.

Existe algum interesse em tentar sintetizar os compostos benéficos existentes no agrião e noutros vegetais crucíferos em comprimidos, mas até ao momento não existe alternativa comparável à ingestão directa deste alimento fresco e sempre que possível, cru.

As experiências levadas a cabo com o agrião no Institute of Food Research indicaram que os compostos individuais da planta não tinham um efeito tão forte como quando os compostos presentes na haste e nas folhas eram ingeridos ao mesmo tempo. Isto leva à conclusão que o efeito curativo da planta é maior do que a soma das suas partes.

Por todas estas razões, o conselho é simples, ingerir diariamente 400/800 grs de vegetais e fruta durante todo o ano. A criatividade pode ser uma forte aliada para uma alimentação saudável com receitas originais e apelativas, que atraía miúdos e graúdos.

Quanto mais se comer vegetais (nomeadamente o agrião), maiores são as hipóteses de prevenir o cancro." -
daqui


Parece-me que, a não ser que andes a comer camiões de agrião e haja a possibilidade de danificares o teu fígado com excesso de ferro (ou que além de comer agriões também andes a chupar ferraduras ou algo do género...) estás segura.

São 5 euros.

:P






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